Morto até o anoitecer, Charlaine Harris




O livro de Charlaine Harris retrata uma sociedade bem inovadora e realista de vampiros que ganharam o direito de existir - ou, como se diz, saírem dos caixões - depois da invenção de sangue sintético. Circulam livremente entre os humanos, combatendo o preconceito e a exclusão por grande parte de pessoas que ainda não se acostumaram com a idéia. Dentro deste contexto, o vampiro Bill Compton está disposto a se estabelecer em Bom Temps, sua cidade natal - não contando com uma série de inexplicáveis assassinatos, do qual vira suspeito, e o envolvimento com uma bela garçonete telepata, Sookie Stackhouse.

A idéia de vampiros circulando entre humanos normalmente pela criação de sangue sintético é, no mínimo, surpreendente e soberba - principalmente quando se tratam dos típicos vampiros de Morto até o anoitecer - e interessantíssima por abrir espaço a pontos como o preconceito e a exclusão. Na obra de Charlaine Harris, o romance não é um dos pontos principais, o que de certa forma me agradou. O mistério, que nos envolve até o final, desenrola-se com o assassinato de mulheres que mantém aparentes relações com vampiros, chegando a um clímax surpreendente (talvez nem tanto para mim, que antecedentemente já havia assistido a série de TV baseada na obra da autora, True Blood). Agradou-me, também, o fato de Charlaine, apesar de mostrar uma sociedade bem atual de vampiros, não “os desonrar o nome”, usando elementos clássicos como alho, estaca, prata e o sol, sem maiores invenções absurdas que poderiam trair o enredo.

Nunca julgue um livro pela capa, diz um antigo ditado, e quando falamos da obra da autora, isto torna-se certo. Apesar da capa aparentemente infantil e do sub título modesto, a premissa de Morto até o anoitecer é inegavelmente adulta. Os personagens são adultos e de caráter bem desenvolvido, assim como a ardente Sookie. E o livro, de fato - assim como a série - não economiza em cenas eróticas.Todavia, algumas coisas me incomodaram no decorrer da obra de Charlaine: O mau desenvolvimento e personagens que poderiam ser bem mais aprofundados - como Lafayette -, o uso de gírias e termos dispensáveis e grotescos tornam não só a personagem principal como o livro fúteis.

De qualquer maneira, a leitura de Morto até o anoitecer não deixa de ser leve, envolvente e divertida com a narrativa de Sookie, entre metamorfos, vampiros e assassinatos. Aconselho também o seriado True Blood - que chega até mesmo a ser melhor que o livro por não se limitar apenas ao ponto de vista da protagonista, explorando personagens pifiamente descritos e acrescentando coisas a série.

3 comentários:

Gui Spiralling disse...

Concordo, a série chega a ser melhor que a série de livros. Mas... Peraí, eu não li a série de livros. RS.

nym machado disse...

eu li os dois primeiros e concordo que a série é melhor. SÓ QUE O ERIC APARECE MUITO MAIS NO LIVRO ENTÃO EU PREFIRO O LIVRO, cai fora true blood e q-

Maíra F. disse...

"Apesar da capa aparentemente infantil e do sub título modesto" - Só quando li isso é que fui ver o subtítulo, rs. Muito brega, FALEI. E, nossa, eu nem sabia que True Blood era baseado nele, hum. Mas também, eu sou a única pessoa na Terra que não assiste, rs. Anyway... Resenha foda, lover. Eu queria ler esse livro e tal, mas devo admitir que o "que nádegas" que você disse no msn me desanimou bastante, hahaha.

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